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Pesquisa revela que Campus da UFPA é local seguro

  • Publicado: Sexta, 04 de Setembro de 2015, 00h00
  • Última atualização em Sexta, 04 de Setembro de 2015, 00h00

O Fórum de Segurança da Universidade Federal do Pará apresentou resultado de pesquisa sobre a percepção da comunidade universitária quanto à segurança no campus do Guamá, em Belém. O evento foi realizado nesta quarta-feira, 02 de setembro de 2015, no Auditório do Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI).

Compuseram a mesa de abertura, o pró-reitor de Extensão, professor Fernando Arthur Neves; a pró-reitora de Planejamento, Raquel Trindade Borges; o diretor de Assistência e Integração Estudantil da Proex, professor José Maia Bezerra Neto; o diretor de segurança da UFPA, Antônio Carlos da Costa; o capitão Martins Julho, representando o 20º Batalhão de Polícia Militar do bairro da Terra Firme; e o sociólogo Wando Dias Miranda, responsável pela condução da pesquisa. O evento contou, ainda, com as presenças do pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Emmanuel Tourinho, e do diretor da Seccional de Polícia do Guamá, delegado Daniel Castro.

Pesquisa- Encomendada pela Diretoria de Assistência e Integração Estudantil da Proex, a pesquisa foi realizada no período de 5 a 7 de maio de 2014 no campus de Belém, e entrevistou 1.214 pessoas entre docentes, discentes e técnico-administrativos.

Resultado - A pesquisa revelou o nível de segurança nas dependências do Campus de Belém. A metodologia de coleta aplicou questionário com 32 questões fechadas. Quando se perguntou se já foi vítima de violência dentro do campus, 1.134 responderam que não, o que corresponde a 93, 4% do total. A questão referente ao tipo de violência sofrida pelos que responderam sim, 80 (6,6%), disseram que a mais comum foi a agressão verbal, seguida de furto sem agressão física. A estatística resultante demonstra que são as relações interpessoais que geram a maior concentração de conflitos e que os roubos mais frequentes são os chamados furtos de “ocasião”, quando alguém se aproveita de facilidades para furtar um objeto.
Sobre pergunta se já presenciou algum tipo de violência dentro do campus, 1.003 (82,6%) afirmaram nunca haver presenciado, e apenas 211(17,4%) já presenciaram algum tipo de violência. Quando perguntado qual o tipo de violência presenciada para os que disseram sim, 69 (32,7%) citaram novamente o furto sem agressão física.

Espaços - Quanto aos locais de maior índice de ocorrências de violência, os que afirmaram já terem sofrido, citaram em primeiro lugar o Complexo do Vadião, (20,3%) seguido do ambiente de sala de aula, com (13,9%) e, em último, estão os blocos do Básico, com referência de (11,4%). Levando-se em consideração a realização de festas, às sextas-feiras, os chamados forrós, no espaço do Vadião, o resultado indica que a concentração de pessoas e o consumo de algum tipo de bebida alcoólica podem contribuir para situações de violência no local. O fato de a sala de aula ser citada novamente como espaço de violência, corrobora o fato já apontado de que o maior índice de agressões dentro do Campus, provêm de relações interpessoais.

Política de segurança da UFPA - Dos entrevistados, 92, 3% informaram desconhecer as ações da Universidade para a prevenção de violência. Durante o Fórum, o diretor de segurança da UFPA, Antônio Carlos Costa apresentou a Central de Monitoramento da UFPA. Este órgão resultou da unificação das Coordenadorias de Inteligência, de Vigilância e de Controle. Segundo o coordenador, a Central de Segurança tem desenvolvido o trabalho em parcerias com órgão de segurança do Estado.

Resultados satisfatórios- A criação da Central já resultou em controle e diminuição de delitos no campus da UFPA e hoje 70% do espaço é monitorado por câmeras 24 horas. Antônio Carlos citou várias operações realizadas em conjunto com a Seccional Urbana de Polícia do Guamá, a exemplo da operação Siena, a qual identificou uma quadrilha que arrombava e furtava objetos de veículos estacionados nas dependências do Campus. Segundo o delegado Daniel de Castro, esta parceria com a segurança da UFPA tem beneficiado o trabalho da polícia. “Foi justamente o trabalho de monitoramento realizado pela segurança da UFPA que permitiu a apreensão da quadrilha”, afirmou o delegado.

Em torno da UFPA - O capitão da Polícia Militar, Martins Julho, comandante da 4ª Companhia e 20º Batalhão do bairro Terra Firme apresentou o resultado das ações da Polícia Militar para a prevenção de violência nos bairros que circundam a Universidade. Segundo o capitão, houve uma redução dos índices de assaltos a ônibus, mas a obra em andamento na rodovia Perimetral causa lentidão no trânsito, o que facilita a abordagem por assaltantes, mas a presença de rondas com as viaturas tem inibido as ações.

A pesquisa avaliou, ainda, fatores como violência sexual, uso de entorpecentes, avaliação dos serviços de segurança, variáveis que mais influenciam a violência e o índice de ocorrências feitas pela comunidade acadêmica. Segundo o professor José Maia Bezerra Neto, os dados coletados revelam que a maioria dos delitos ocorridos no campus da UFPA é de baixa letalidade, como agressão verbal e roubo sem uso de violência. O professor afirma que o resultado permite o debate e a ampliação de política de segurança da UFPA em bases objetivas. “Nossa preocupação, ao solicitar a pesquisa, foi saber como a comunidade acadêmica sente a segurança dentro do Campus e, a partir disso, melhorar as condições de tranqüilidade e convivência na Universidade.”

Texto: Ana Lúcia Oliveira - Assessoria Comunicação Proex
Foto: Adolfo Lemos, Alexandre Moraes e Laís Teixeira

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