Lei de Libras completa 17 anos
Lei de Libras completa 17 anos
A Coordenadoria de Acessibilidade (CoAcess) da Superintendência de Assistência Estudantil (SAEST) da Universidade Federal do Pará (UFPA), promoveu nesta terça-feira, 23 de abril de 2019, no auditório Setorial do campus Básico um encontro comemorativo aos 17 anos de aprovação da Lei da Língua Brasileira de Sinais.
O evento foi composto de mesa de abertura com as presenças da professora Sheila Vasconcelos, representando o reitor da UFPA, Emmanuel Tourinho, da coordenadora de Acessibilidade da SAEST, professora Arlete Marinho, pelo professor Lucival Rodrigues, representando o Instituto de Letras e Comunicação e pela tradutora e intérprete de Libras da CoAcess, Denise Martinelli.
A palestra inicial foi realizada com a participação de convidadas e convidados surdos, usuários da Língua Brasileira de Sinais. Os palestrantes expuseram suas experiências acadêmicas e trajetórias de enfrentamento e superação dos desafios para a inclusão dos surdos no ensino superior.
A professora da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Pâmela Matos, explanou as dificuldades que enfrentou quando chegou à Universidade para dar aula, principalmente, quanto à falta de intérprete para que ela pudesse realizar as atividades acadêmicas. A professora ressaltou que a inclusão dos surdos vai além da garantia da presença do intérprete, que há um conjunto de medidas que precisam ser implementadas para a plena inclusão do surdo.
A estudantes do curso de Letras Libras da UFRA, Ianne Alves Rodrigues, falou da sua dificuldade para aprender a Língua Portuguesa e da perseverança em permanecer no curso e se integrar na vida acadêmica. Já a estudante surda do curso de Odontologia da UFPA, narrou a persistência em realizar o vestibular para o curso desejado, mesmo com todos os obstáculos que uma jovem surda enfrenta par chegar à Universidade.
A coordenadora de Acessibilidade da UFPA, professora Arlete Marinho, falou durante o evento sobre os avanços nas políticas públicas para a comunidade surda " O Brasil é um dos poucos países que têm a Língua Brasileira de Sinais como língua oficial. A Libras não atende somente pessoas surdas, os ouvintes também aprendem para que se estabeleça e se garanta o direito à comunicação para as pessoas surdas. Temos uma expansão do ensino de Libras no ensino superior, mas é necessário que o ensino da língua faça parte das séries iniciais como parte do currículo nas escolas."
Os participantes do encontro também participaram de oficinas com os temas "Sinais básicos para comunicação diária com pessoas surdas e Escrita acadêmica para surdos" ofertadas pela Coordenadorias de Acessibilidade da SAEST.
Texto: Ana Lúcia Oliveira
Foto: Fabiano Castro
Comunicação SAEST/UFPA
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