Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Últimas Notícias > "Dia do Vestibulando” é destaque da semana no Cine Guamá
Início do conteúdo da página

"Dia do Vestibulando” é destaque da semana no Cine Guamá

  • Publicado: Quinta, 24 de Mai de 2012, 00h00
  • Última atualização em Quinta, 24 de Mai de 2012, 00h00

Nesta quarta-feira (23), o Cine Guamá, projeto coordenado pela Diretoria de Apoio à Cultura da Pró-Reitoria de Extensão (DAC/Proex) da Universidade Federal do Pará (UFPA), ofereceu aos futuros calouros uma oportunidade de conhecer a literatura por meio do cinema. O Cine Debate “Dia do Vestibulando”, comemorando amanhã (24), exibiu ao público o filme Primo Basílio, inspirado na obra homônima de Eça de Queiroz, incluída na lista de leituras recomendadas para o Processo Seletivo 2013 da instituição.

O filme, dirigido por Daniel Filho e estrelado por Débora Falabella, Reynaldo Gianecchini e Fábio Assunção, foi lançado em 2007 e reconta a história de adultério de Luísa, com seu primo Basílio e as vilanias da governanta Juliana, desta vez na São Paulo dos anos 50. Segundo Vilma Figueiredo, coordenadora do Cine Guamá, o filme é mais um exemplo de como o cinema pode ajudar no aprendizado e, sobretudo, na reflexão sobre problemáticas sociais.

“O projeto nasceu para servir de espaço para o esclarecimento sobre questões sociais, e o cinema é capaz de eternizar obras atemporais, que dialogam com o público de outras gerações”, afirma a coordenadora. O Prof.Dr. Sílvio Augusto de Oliveira Holanda, professor de graduação e pós-graduação do Instituto de Letras e Comunicação, proferiu comentários a respeito do autor e da obra para os alunos do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual de Ensino Médio Orlando Bitar e público em geral.

Para a coordenadora do projeto, a técnica Maria Vilma Figueiredo, a idéia é proporcionar aos alunos da escola pública oportunidades de aprender por meio do audiovisual. “Nós estamos em fase de pesquisas, para levar a um maior número de candidatos as obras literárias, vistas por um ângulo diferente, com outra linguagem, e o debate também vai propiciar maior aprendizado”, ressalta.

Apropriação da obra por meio do filme – Segundo Holanda, o filme tem grande chance de estar nas provas da UFPA e UEPA. “O Eça é um dos principais escritores realistas, portanto, tem uma visão bem crítica, com estilo próprio, muito incisivo e vai direto ao ponto. Fazia algum tempo que um romance deste escritor entrava nas leituras obrigatórias e já estava na hora de retornar”, explicou aos alunos.
Além de ressaltar bem as características dentro desta obra, o professor deu outra dica alunos, “O ideal é ler a obra inteira e utilizar um resumo apenas para auxiliar a memória, mas, pode-se ler uma parte ou selecionar, tá valendo. É melhor um meio termo entre não ler nada e ler tudo”.

É provável que muitos estudantes verão o filme e os comentários permitiram a relação entre a obra cinematográfica e a literária, visualizando as características de Eça de Queiroz. Alunos também puderam tirar dúvidas com o professor, assim com fez Kaio Vitor Silva. “Precisei esclarecer porque estava entendendo uma coisa completamente diferente no filme, e ele facilitou meu entendimento”, comentou.

Programação – O Cine Guamá conta com uma programação extensa, todos os meses. São sessões em segundas e quartas, sempre no auditório do Hall da Reitoria (Campus Básico da UFPA, bairro Guamá), ás 15h. Os filmes seguem quatro eixos: Cine Debate, Cine-Criança, Formacine (cinema como formador de movimentos sociais) e Cine Pará-Brasil, valorizando produções locais.

A coordenadora do projeto explica que, nas escolas, onde o Cine Guamá também articula sessões, os alunos sentem um choque cultural, ao assistirem filmes e documentários que mostram outras realidades, mas “após as sessões, eles entendem que, por mais que o filme ou a história seja antigo, as problemáticas muito têm a ver com o que eles vivem hoje, como é o exemplo de O Primo Basílio”. Ainda segundo ela, os filmes nacionais, que trazem muitas cenas de violência, não são imotivados. “É preciso entender o que está por trás dessa violência toda, representada nos filmes brasileiros”, encerra Vilma.

Texto: Gustavo Ferreira – Assessoria de Comunicação da UFPA
Lorena Claudino – Assessoria de Imprensa da DAC/PROEX
registrado em:
Fim do conteúdo da página