Bagre, Niquim e Caravela Portuguesa são os animais aquáticos que mais causam acidentes nas praias da costa paraense. As consequências podem ser traumas  leves e até risco de morte.  Com o objetivo de fazer a prevenção e esclarecer banhistas e pescadores que frequentam os locais de incidência dos animais, a Universidade Federal do Pará desenvolve um projeto de Extensão que faz o mapeamento das espécies e realiza palestras educativas em escolas e comunidades ribeirinhas para que a população se proteja dos ataques dos animais.
 
Coordenado pelo professor José Eduardo Martinelle, do curso de Oceanografia, o projeto iniciou-se em 2013 e já catalogou, até o momento, mais de sete espécies na região de Salinópolis, no nordeste do Pará.  Segundo Martinelle, as espécies causadoras dos acidentes apresentam uma aparência atrativa e inofensiva para as crianças porque têm a forma de sacos plásticos coloridos. "Observamos, em nossa pesquisa, que a população não sabe o que fazer quando é vítima desses animais. É comum que façam uso de tratamento incorreto e perigoso, o que pode acarretar sequelas sérias. Por isso, além do registro das espécies, nos preocupamos em conscientizar com a distribuição de cartilhas informativas."
 
Corpo de Bombeiros – O projeto faz uma parceria com o Corpo de Bombeiros. São realizadosworkshops com os militares que participam da Operação Veraneio, no mês de julho, para que possam identificar as espécies e orientar os turistas. Os bombeiros usam um questionário para fazer o registro dos acidentes e a formulação de estatística com o número de acidentes nas praias.
 
Texto e fotos: Ana Lúcia Oliveira – Assessoria de Comunicação da Pró-Reitoria de Extensão-UFPA